As baixas temperaturas que acompanham o inverno pedem cuidados redobrados com a pele. O tempo frio traz aquela vontade por banhos quentes e demorados, e redução da quantidade de água ingerida ao longo do dia. A pele possui uma oleosidade natural que ajuda a impedir a penetração de bactérias, fungos, vírus e poluentes do ar.
Durante o inverno, há menor sudorese e redução na ativação das células que produzem o manto hidrolipídico, uma das camadas de proteção da pele. Fatores como esses somados ao hábitos de banhos quentes e demorados, e pouca ingestão de água ao longo do dia, reduzem a proteção natural da pele, comprometem sua hidratação e a tornam mais suscetível à irritações e doenças.
O ressecamento pode acarretar ou agravar diversos problemas de pele. Confira abaixo os quatros problemas de pele mais comuns no inverno, e dicas de tratamento e prevenção.
Dermatite Atópica (ou eczema atópico) – Popularmente chamada de “rinite na pele”, a dermatite atópica é originada por tendência genética e causa deficiências de hidratação no organismo. É mais comum e geralmente pior na infância, e deve ser tratada ao longo da vida. Os sintomas são coceiras e lesões agravantes que podem formar crostas e liberar secreções. Para tratar, é necessário evitar banhos quentes e demorados, abandonar o uso de buchas nas áreas afetadas e hidratar bem a pele após o banho. O sabonete também deve ser revisto. O ideal é dar preferência aos de PH mais baixo, próximo de 5, que são os que mais se aproximam do PH da pele, chamado de PH fisiológico.
Eczema – Trata-se de inflamações que surgem em decorrência do contato com substâncias irritantes ou alergias, e são agravadas no inverno pela redução do manto de proteção da pele – típico da temporada. Ainda que não seja uma doença grave, recomenda procurar um especialista para tratamentos mais específicos. É preciso deixar o hábito de banhos demorados e quentes para não retirar a proteção natural da pele. Também é importante evitar coçar as manchas e feridas que podem surgir no corpo.
Dermatite Seborreica – É caracterizada por placas avermelhadas e descamativas, ou descamação esbranquiçada no couro cabeludo, rosto e tórax. O tempo frio do inverno favorece o surgimento desta dermatite . A soma de banhos quentes, tempo seco e frio e, em muitos casos, fatores emocionais como o estresse, pioram o quadro seborreico. O tratamento da dermatite seborreica pode ser feito através da aplicação de medicamentos na pele e no couro cabeludo, desde que recomendados por um especialista que avalia a gravidade de cada caso.
Psoríase – Manchas avermelhadas e descamativas formando placas, usualmente nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo são os principais sintomas dessa doença inflamatória. Ela também pode acometer qualquer área do corpo, como pálpebras, por exemplo. A psoríase tem origem desconhecida, provavelmente genética, e seu surgimento pode estar ser associado à baixa exposição solar, estresse emocional e até ao uso de medicamentos. Não é uma doença contagiosa e geralmente se intensifica na época do frio pela menor incidência de radiação ultravioleta típica do inverno. Estima-se que o Brasil tenha 3 milhões de pessoas com a doença. Como não há cura para psoríase, o objetivo do tratamento é controlar os sintomas. Fototerapia, cremes, imunossupressores, corticóides e medicamentos integram as opções do tratamento.
Para prevenir que a pele fique desidratada e suscetível à doenças, vale apostar em hidratantes corporais à base de ureia, óleos vegetais e antioxidantes. Além disso, ficar alerta para mudança nos hábitos de banho. É preferível um banho morno e a utilização de sabonetes neutros, pois são os que menos ressecam a pele.
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