Um estudo conduzido por cientistas de Harvard e do Carle Illinois College of Medicine, entre outras instituições, revelou que a adoção de oito hábitos saudáveis pode aumentar a expectativa de vida em até 24 anos.
Apresentados durante o congresso Nutrition 2023, os resultados destacaram que praticar atividade física, manter uma dieta saudável, não fumar, não consumir álcool em excesso, controlar o estresse, adotar uma boa higiene do sono, cultivar relacionamentos saudáveis e evitar o vício em opioides são fundamentais para uma vida mais longa e saudável.
O estudo analisou mais de 700 mil pacientes do Million Veteran Program entre 2011 e 2019, constatando que homens e mulheres que incorporavam esses hábitos aos 40 anos apresentavam uma expectativa de vida significativamente maior em comparação àqueles que não os adotavam.
A pesquisa evidenciou uma redução de 13% na mortalidade por qualquer causa entre os adeptos desse estilo de vida, ressaltando que o sedentarismo, o uso de opioides e o tabagismo aumentavam o risco de morte entre 30% e 45%, enquanto o estresse, o consumo excessivo de álcool, uma dieta inadequada e maus hábitos de sono elevavam a taxa de mortalidade em 20%. Esses achados reforçam a importância dos hábitos saudáveis na prevenção de doenças crônicas e na promoção da longevidade.
A pesquisa destaca a importância dos hábitos saudáveis não apenas para aumentar a expectativa de vida, mas também para reduzir significativamente o risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas e câncer. Essas condições representam uma grande carga para os sistemas de saúde e têm um impacto substancial na qualidade de vida das pessoas.
Além de aumentar a longevidade, a adoção de hábitos saudáveis pode melhorar a qualidade de vida, proporcionando mais energia, disposição e bem-estar físico e mental. Isso pode resultar em maior produtividade no trabalho, relacionamentos mais satisfatórios e uma sensação geral de felicidade e realização.
Os resultados do estudo reforçam a necessidade de políticas públicas e programas de saúde que promovam a adoção de hábitos saudáveis desde uma idade jovem. Isso inclui iniciativas educacionais, acesso a alimentos saudáveis, espaços públicos para atividades físicas e políticas de saúde que desencorajem o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
Para indivíduos, a pesquisa destaca a importância de assumir a responsabilidade pela própria saúde e bem-estar, fazendo escolhas conscientes em relação à atividade física, alimentação, tabagismo e consumo de álcool. Pequenas mudanças no estilo de vida podem ter um impacto significativo a longo prazo na saúde e na expectativa de vida.
A abordagem holística, considerando múltiplos aspectos do estilo de vida, ressalta a complexidade da saúde humana e a interconexão entre diferentes hábitos. Isso sugere que não existe uma solução única para melhorar a saúde, mas sim uma combinação equilibrada de diversos comportamentos saudáveis.
A pesquisa também destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças crônicas. Identificar e tratar essas condições em estágios iniciais pode melhorar significativamente os resultados de saúde e reduzir o impacto financeiro para os sistemas de saúde e para os próprios indivíduos.
A inclusão de um grande número de participantes na pesquisa, provenientes de diferentes origens e contextos socioeconômicos, aumenta a robustez dos resultados e a sua aplicabilidade para a população em geral. Isso permite que as conclusões do estudo sejam mais amplamente generalizadas e utilizadas para informar políticas de saúde.
É importante notar o papel fundamental dos relacionamentos saudáveis na promoção da saúde e da longevidade. Ter um forte sistema de apoio social pode ajudar a reduzir o estresse, promover hábitos saudáveis e fornecer suporte emocional durante momentos difíceis.
Em suma, os resultados deste estudo reforçam a importância dos hábitos saudáveis na promoção da saúde e da longevidade. Tanto em nível individual quanto populacional, investir em comportamentos saudáveis pode ter um impacto significativo na redução da mortalidade e no aumento da qualidade de vida.
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Bianca Vilela
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BIANCA VILELA é autora do livro Respire, palestrante, mestre em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde em grandes empresas por todo o país há quase 20 anos. No Canal Saúde, Bianca fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Não deixe de visitar o Instagram: @biancavilelaoficial
