A Síndrome de Burnout, definida pela OMS como uma doença ocupacional, resulta da sobrecarga e do estresse excessivo relacionados ao trabalho. A saúde cardíaca, inclusive em jovens, pode ser severamente afetada, levando a problemas como a arritmia.
Os sintomas da Síndrome de Burnout incluem cansaço extremo, dores de cabeça, insônia, mudanças no apetite e problemas gastrointestinais, entre outros. Reconhecer esses sinais precocemente é essencial para buscar ajuda médica e evitar o agravamento da condição, que pode levar a colapsos físicos e mentais graves.
Estudos demonstram que a Síndrome de Burnout pode estar associada a doenças cardíacas, como a fibrilação atrial, especialmente em pessoas que vivem em constante estado de estresse.
Jovens abaixo dos 40 anos também estão em risco, especialmente se combinarem o estresse crônico com hábitos de vida pouco saudáveis, como consumo excessivo de álcool, tabagismo e falta de sono adequado.
O aumento das doenças cardíacas em jovens no Brasil, especialmente durante a pandemia, evidencia a necessidade de maior atenção à saúde mental e física. As internações por infarto em pessoas com menos de 39 anos cresceram significativamente na última década, refletindo os impactos negativos do estresse, maus hábitos e da crise sanitária.
Burnout x Saúde Corporativa
Em ambientes de trabalho onde há alta demanda, prazos apertados e uma cultura de sobrecarga, os funcionários são mais propensos a desenvolver Burnout, o que pode levar a problemas de saúde graves, como depressão, ansiedade e até doenças cardíacas. A saúde dos colaboradores, portanto, torna-se uma prioridade estratégica para as empresas que desejam manter a produtividade e reduzir a rotatividade.
A promoção de uma cultura de bem-estar dentro das corporações é essencial para prevenir o Burnout. Isso inclui a implementação de políticas de flexibilidade, incentivo ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e a criação de um ambiente de trabalho que valorize a saúde mental.
Programas de saúde corporativa que ofereçam apoio psicológico, atividades físicas e educação sobre gestão de estresse podem ajudar a mitigar os efeitos negativos do Burnout, melhorando o bem-estar geral dos funcionários.
Além disso, o monitoramento constante do clima organizacional e o treinamento de líderes para reconhecer os sinais de Burnout são medidas importantes. Gestores bem preparados podem identificar e intervir precocemente em casos de exaustão, ajustando demandas e oferecendo suporte necessário. Investir na saúde corporativa não apenas protege os funcionários do Burnout, mas também fortalece a sustentabilidade e o sucesso a longo prazo das organizações.
Para prevenir o Burnout e proteger a saúde cardíaca, é crucial adotar práticas de autocuidado, como estabelecer limites, buscar atividades de lazer, evitar substâncias nocivas, manter uma alimentação equilibrada e realizar atividades físicas regularmente.
Bianca Vilela
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BIANCA VILELA é autora do livro Respire, palestrante, mestre em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde em grandes empresas por todo o país há quase 20 anos. No Canal Saúde, Bianca fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Não deixe de visitar o Instagram: @biancavilelaoficial